Amor pelos livros
Resenhas de livros e afins.
segunda-feira, 6 de abril de 2020
Resenha - Sherlock Holmes O Vale do Medo - Sir Arthur Conan Doyle
Sinopse: " Um crime aparentemente perfeito, um brilhante detetive e uma trama espetacular que mistura elementos de pulp fiction ao clássico romance de enigma. Em O Vale do Medo (1915), Sherlock Holmes e seu leal Watson descobrem que um certo John Douglas, proprietário e morador do Solar Birlstone, corre perigo de vida iminente. No entanto, pouco depois, ficam sabendo que o assassinato fora consumado na noite anterior, em circunstâncias extraordinárias. Desvendar esse mistério acabará transportando Holmes e Watson para décadas antes, quando, do outro lado do Atlântico, na Pensilvânia dos anos 1880, violência, corrupção, uma organização secreta e operários de uma mina de carvão misturavam-se perigosamente... O crime parece insolúvel. E seria, se o detetive da história não fosse Sherlock Holmes."
Resenha - Persuasão - Jane Austen
@livrosprincipis
Persuasão é um clássico de Jane Austen, publicado após a sua morte, em 1817. Narra a história de Anne Eliot, uma jovem de família aristocrática, que aos 19 anos se apaixona por Frederick Wentworth, um capitão da marinha sem título nem fortuna. Apesar de apaixonados, Anne cede à pressão da família e acaba o seu relacionamento. Oito anos depois, o Capitão Wentworth retorna à cidade de Anne e ela percebe que o sentimento que nutria por ele ainda não morreu.
A escrita de Jane Austen é repleta de ironias e sutilezas, ela consegue descrever os hábitos e as pessoas da sociedade inglesa de forma encantadora e ás vezes até engraçada. A protagonista feminina é muito forte, no passado se mostrou muito suscetível á opinião alheia, mas demonstrou amadurecimento com o passar dos anos. .
O livro pode apresentar um estilo um pouco rebuscado e a narrativa um pouco lenta, principalmente para leitores que não tiveram muito contato com livros clássicos, mas acredito que isso seja superado com o andar das história.
A história é apaixonante, não consigo decidir se prefiro Orgulho e preconceito ou Persuasão (acho que fico com os dois 😍), e contém a carta mais linda da literatura (na minha opinião). Vou deixar apenas dois trechos para aguçar a curiosidade de vocês:
"Não posso mais ouvir em silencio.
Preciso falar com você, pelos meios que disponho no momento.
Você trespassa minha alma. Sou metade agonia, metade esperança".
"Ofereço-me para você de novo, com um coração muito mais seu, do que quando você quase o despedaçou a 8 anos atrás."
Recomendo para quem deseja ler mais clássicos ou quer conhecer mais da escrita de Jane Austen.
Abraços
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020
Resenha livro Amada imortal - Cate Tiernan
Sinopse
“Primeiro
livro da bem-sucedida trilogia. mistura fantasia sobre imortais a uma história
moderna de uma jovem em busca de si mesma e de redenção. Questões de identidade
e moralidade aparecem na trama protagonizada pela imortal Nastasya. Nascida em
1551, acostumada a beber e sair para baladas cada vez mais loucas, ela perdeu o
rumo. Suas conexões com outros imortais, interessados apenas em suas
habilidades mágicas, a fazem partir em busca de um propósito. E o encontra em
uma espécie de clínica de reabilitação para os de sua espécie, onde conhece um
pouco mais sobre o próprio passado e cria importantes laços para o futuro.”
No início hesitei em ler Amada imortal, pois em minhas
leituras, não tive muito contato com romances sobrenaturais. Li apenas a saga
Crepúsculo, gostei bastante, mas não prossegui lendo o gênero. Ao final da
história me surpreendi bastante com o quanto gostei desse livro e fiquei triste
quando terminei de lê-lo. Queria ler a continuação imediatamente rsrs.
Amada imortal conta a história de Nastasya, uma jovem que aparenta ter 18 anos de idade, mas que na verdade tem 449 anos. Ela é uma imortal, que já viveu muitas experiências ruins e traumáticas, já perdeu muitas pessoas importantes na vida, e por isso vive de forma desregrada e inconsequente, aparentemente não se preocupando com nada e nem com ninguém. Após um evento que abriu os seus olhos em relação à vida que vivia, ela decide se isolar em um local próprio para imortais, em busca de autoconhecimento e perdão.
Neste livro não há batalhas memoráveis, nem grandes demonstrações de poder, mas sim uma jornada de descoberta, onde a protagonista (e nós leitores) aos poucos vai conhecendo mais de sua história e seus poderes. A escrita é em 1ª pessoa, e eu senti que Nastasya fala diretamente com o leitor, compartilhando suas dúvidas, medos e arrependimentos, o que torna o seu drama mais real e palpável.
A protagonista é uma jovem forte, independente, com um humor ácido e sarcástico, o que proporciona diversos momentos engraçados ao longo do livro. E sim, tem um romance, tipo gato e rato, mas que não toma a história para si vai se desenvolvendo aos poucos.
Para quem gosta de romances sobrenaturais e quer um livro que não siga a fórmula já conhecida, ou quem ainda não se aventurou nesse gênero, essa é com certeza uma ótima opção.
Resenha livro Boneco de neve (Jo Nesbo)
Autor: Jo Nesbo Ano:
2013 Páginas: 420
Sinopse:
“No dia da primeira neve do ano,
na fria cidade de Oslo, o inspetor Harry Hole se depara com um psicopata cruel,
que cria suas próprias regras; O terror se espalha pela cidade, pois um boneco
de neve no jardim pode ser um aviso de que haverá uma próxima vítima. No caso
mais desafiador da sua carreira, Hole se envolve em uma trama complexa e
mortal, com final surpreendente.”
Boneco de neve é um suspense
magistral, escrito pelo escritor norueguês Jo Nesbo, que relata a ação de um
serial killer que tem como marca registrada a presença de um boneco de neve na
cena do crime de seus assassinatos. O protagonista desta história é Harry Hole,
inspetor da divisão de homicídios da polícia de Oslo, Noruega, um homem
introspectivo, com dificuldade em se relacionar com as pessoas, mas
profundamente profissional e comprometido com seu trabalho. Neste thriller
encontramos a receita ideal para um bom suspense: bons personagens, um ambiente
sombrio, mortes macabras, reviravoltas incríveis e um final arrebatador.
O livro é narrado em 3ª pessoa,
possui uma escrita fluida e direta, não se arrastando em fatos e descrições
exageradas. Algo que me agradou muito foram as cenas de suspense, muito bem escritas,
com mortes bastante macabras e aterrorizantes. Ao ler essas cenas conseguimos
sentir a angústia e o medo dos personagens, a meu ver sensações essenciais em
uma boa história de suspense.
Por vezes, o autor narra eventos
e situações que ocorreram em um período passado, mas isso não faz com que o
leitor se perca na trama, porque em cada capitulo em flashback é devidamente
informado o ano em que se passa a história. Outro ponto que exige uma atenção
especial do leitor é que os nomes dos personagens são noruegueses, o que me
causou certa estranheza no início da leitura. Como os nomes são diferentes do
que estou habituada, demorei muito tempo para associar o nome ao personagem.
Mas tudo bem né, não posso exigir que um escritor norueguês, escrevendo um
livro que se passa na Noruega, construa personagens com nomes em inglês rsrs.
Resumindo, eu amei o livro e
recomendo muito para quem gosta de um bom suspense. bjs 😘
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020
Resenha de livro - Guerra Civil (Stuart Moore)
Autor: Stuart Moore
Ano de publicação: 2014
Editora: Novo Século
Sinopse oficial
“Homem de Ferro e Capitão América: dois membros
essenciais para os vingadores, a maior equipe de super-heróis do mundo do
mundo. Quando uma trágica batalha deixa um buraco na cidade de Stamford,
matando centenas de pessoas, o governo americano exige que todos os
super-heróis revelem sua identidade e registrem seus poderes. Para Tony Stark –
o Homem de Ferro – é um passo lamentável, porém necessário, o que o leva a
apoiar a lei. Para o Capitão América é uma intolerável agressão à liberdade
cívica.”
Guerra Civil é uma saga da Marvel Comics publicada
originalmente em quadrinhos nos anos de 2006 e 2007. Alcançou grande
popularidade entre os fãs de HQs, mas foi em 2016 com a adaptação
cinematográfica que a história ficou conhecida do grande público.
Nesta versão literária, a história foi adaptada por
Stuart Moore, um premiado editor de livros e quadrinhos e também escritor. A
história gira em torno dos integrantes dos Vingadores, em especial Capitão
América e Homem de Ferro, e como suas lutas com vilões cada vez mais poderosos
impactam a vida da população. As discussões sobre os impactos positivos e
negativos da ação de super-humanos são discutidas a nível mundial, mas um
evento trágico faz com as autoridades de diversos países tomem medidas para
frear e supervisionar a ação dos heróis. Nesse contexto, é criada e aprovada a
“Lei de registro de super-humanos”, que obriga que os heróis revelem suas
identidades, registrem seus poderes e passem por um processo de treinamento
oferecido pelo governo, entidade esta que supervisionaria as atividades desses
super-heróis.
Apesar de Tony Stark, um dos vingadores mais
influentes, apoiar a lei e vê-la como um mal necessário, nem todos os heróis
veem com bons olhos essa nova forma de trabalhar. É o caso do Capitão América, que
enxerga a lei como uma ação meramente proibitiva, que fere os seus direitos
básicos como cidadão, além de restringir a liberdade para fazer o que julga
primordial, que é ajudar e proteger as pessoas. Assim, ele monta a sua própria
equipe de super-heróis que passa a agir fora da lei, o que resulta em uma
divisão entre os super-heróis.
O primeiro ponto a ressaltar é que este é um romance
adaptado dos quadrinhos de Mark Millar e Steve McNiven, e não é baseado no
filme de 2016 (até porque foi escrito dois anos antes do lançamento do filme).
Isso quer dizer que a história contada é bem diferente da que a maioria das
pessoas conhece dos filmes, no que diz respeito aos personagens presentes e a
própria motivação para a criação da Lei de registro de super-humanos. E esse é
um ponto que gostei bastante, pois como não sou leitora de HQs, o desenrolar da
trama foi novidade para mim, foi uma nova forma de conhecer a história vista
apenas no filme.
O livro conta com muitos personagens, o que poderia
ocasionar uma superficialidade na narrativa e na construção destes, mas não é
isso que é observado. O autor consegue aprofundar de forma convincente os
personagens principais, nos mostrando seus ideais e convicções, suas dúvidas em
relação à lei e de qual lado ficar, e suas preocupações sobre quais serão os
impactos dessa guerra entre super-heróis. Para mim, o personagem melhor
representado é Peter Parker, o Homem-Aranha. Como leitora, conseguir sentir as
suas dúvidas e inseguranças e, assim como ele, não conseguia decidir qual lado
era o correto.
A história é narrada em terceira pessoas, mas a
maioria dos capítulos é focado em um personagem específico: Tony Stark, Steve
Rogers, Peter Parker e Sue Storm. Isso nos aproxima destes heróis e no faz
entender que abraçar um lado dessa guerra não é fácil como parece, pois há
muito o que se perder.
Recomendo muito esse livro para quem é fã de
super-heróis e quer se aprofundar mais esse universo. Não importa se você
apenas assiste filmes e séries (como eu) ou é leitor de quadrinhos também, essa
história é uma boa opção para os fãs desse gênero.
Minha nota: ⭐⭐⭐⭐⭐
Obs.: Como falei no texto, não sou leitora de
quadrinhos, portanto não posso fazer comparações com a história original
publicada nas HQs. Mas se alguém leu os quadrinhos, compartilhe nos comentários
a sua opinião.
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